segunda-feira, 11 de abril de 2016

Bugios alimentam-se de galhos de pinheiro

Os bugios tem uma vocalização muito forte, caracterizada pelo osso hioide desenvolvido, que funciona como uma caixa de ressonância que provoca um som assustador!

Muitas vezes os ouvimos de longe, mas este sábado à tarde eles estavam silenciosos sobre as araucárias mais altas (Araucaria angustifólia)  da “Trilha das Araucárias”.  As plantas dessa trilha são machos, produzem o pólen através de cones alongados que vão polinizar a planta fêmea que produz o pinhão.

               Mês de outubro, cones alongados espocam entre os galhos espinhentos 



 Então nessa parte da ecovila não há pinhões para alimentar os bugios. Mas descobrimos que eles alimentam-se também dos galhos espinhosos das araucárias. No vídeo abaixo, filmado no dia 9 de abril de 2016 à tardinha podemos ver essa refeição.  


Aqui na região habitam as matas de araucária (Araucaria angustifolia) próximas ao arroio. Normalmente são vistos por acaso, pois são muito silenciosos e ao menor sinal de alerta conseguem esconder-se entre os galhos e tronco das árvores.


 Os bugios tem a cauda desenvolvida com um quinto membro, pois com ela conseguem pendurar-se nos galhos e também segurar objetos.

 Como saber quem é quem num grupo de bugios?


Os maiores de cor avermelhada são os machos, em cada grupo há apenas um que é o dominante, o chefe do bando. Os outros machos podem viver no bando até atingir a maturidade sexual, quando vão formar outro bando.  As fêmeas, em maior número,  são de pelagem mais escura e concebem 1 filhote por vez, também de cor escura,  num período em torno de 180 dias, estes são amamentados até os dois anos. 
 Eles podem viver até 20 anos se estiverem livres, pois não se sobrevivem em cativeiro.


Na falta de pinhões, os galhos também servem de alimento.

Para saber mais:

Colaboração: Fotos e texto: Vera E. Medeiros

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