quinta-feira, 14 de novembro de 2019

A Floresta Encantada


Em setembro deste ano o Livro A Floresta Encantada foi lançado na 35ª Feira do Livro de Caxias do Sul, da escritora Valesca Finger. A história do livro valoriza os animais silvestres da região, protagonistas da história, reforçando a educação ambiental, através do conhecimento e valorização das espécies nativas. O livro está sendo apresentado nas escolas interessadas de forma bem criativa, com mostra de vídeos de aves e de bugios da reserva e com exposição de telas da ilustradora Vera Medeiros. “Só podemos lutar pela preservação daquilo que conhecemos, por isso trabalhamos a educação ambiental valorizando a fauna da nossa região. Nossa fauna é muito rica, mas muito desconhecida ainda!” .

No dia 13 de novembro foi a vez  da EMEF Armindo Turra, vizinha de nossa reserva. Valesca apresentou vários vídeos filmados na RPPN, mostrando a diversidade de nossas aves, algumas só encontradas no interior da mata. Foi uma experiência muito rica, da Educação Infantil ao 4º ano. Agradecemos a equipe diretiva e professores da escola pela carinhosa acolhida. 

















A Floresta Encantada - 35ª Feira do Livro de Caxias do Sul


No dia 29 de setembro de 2019,  na 35º Feira do Livro de Caxias do Sul, lançamos o livrinho infantil A Floresta Encantada, de Valesca Finger, reforçando nosso trabalho de educação ambienta. Em  A Floresta Encantada os animais silvestres ganham vida e poder para reverter o desmatamento do lugar onde vivem, unidos à  seres encantados conseguem  salvar a floresta da destruição! 
No final do livrinho há  um guia de aves com o nome comum, científico e informações das aves personagens da história. As ilustrações foram feitas em aquarela por Vera Medeiros. Agradecemos ao Rafael da Editora Vírtua e a todos que nos apoiaram! 






sábado, 9 de novembro de 2019

Bem-te-vi-rajado

Bem-te-vi-rajado

Essa ave aparece na primavera, seu canto parece um estalo constante. Escura com listras claras pelas asas, sobre os olhos e peito claro rajado de pintas escuras. As listras superciliares claras não se unem na nuca, diferenciando-o de outras espécies rajadas.
Na cauda possui  tom ferrugíneo. Alimenta-se de insetos que apanha no ar e pequenos frutos.
Aparecem em grupos na borda da mata.



Fotos e vídeo do dia 09/11/2019 RPPN Santa Bárbara

Caneleiro-preto


Hoje, dia 09 de novembro de manhã cedo muitas aves estavam cantando na mata. Risadinha, irrê, arapaçu, bem-te-vi-rajado, suiriri e tantos outros, mas fotografei uma ave que não avistamos com frequência, o caneleiro-preto. 

caneleiro-preto possui um bico robusto, coloração acinzentada com um boné mais  escuro no alto da cabeça, com pintas claras nas asas. A fêmea é clara, com um boné mais escuro, asas ferrugíneas com partes pintas escuras. Seu comprimento é de 14 a 15,5 cm.




A fêmea - dimorfismo sexual acentuado









Seu ninho é construído no alto das árvores com musgo e materiais macios, a entrada do ninho fica na lateral.

São 8 subespécies, a da nossa região é Pachyramphus polychopterus spixii (Swainson, 1838), do sudeste e sul do Brasil até o Paraguai, Uruguai, leste da Bolívia e norte da Argentina. 




,http://www.wikiaves.com.br/caneleiro-preto

Alimentação do Bugio-ruivo

Bugio- ruivo


Imagens e vídeo do dia 09/11/19, sábado às 8 horas da manhã.

Os bugios tem uma dieta de baixa qualidade, consomem  frutos, flores, pecíolos, brotos, sementes, caules, ramos e eventualmente insetos. Eles preferem as folhas jovens, que são mais ricas em proteína.   As folhas são de difícil digestão e  não constituem boas fontes energéticas, por isso passam grande parte do dia descansando, o que auxilia na desentoxicação.
Segundo informações da pesquisa de Martins (site abaixo), os bugios preferem os itens sazonais, com maior valor nutritivo, como as folhas jovens, flores e frutos aos perenes, como as folhas maduras.

As árvores abaixo são as preferidas pelos bugios:
 Araucaria , cambará,  camboatá-branco, bracatinga, imbuia, canela-guaicá, canela-do-brejo e mamica-de-cadela.
Eles também se alimentam dos frutos das exóticas, várias vezes os vimos alimentando-se da  uva-do-japão, no período em que a árvore está carregada de frutos.

Fonte:

Agradecemos a a bióloga Juliana Nascimento Martins, pela indicação do seu trabalhos de pesquisa sobre os Bugios:

Monografia Curso de Ciências Biológicas da UCS: 

http://www.tecniflora.com.br/Martins__J.N._2008.pdf

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Bugio-Ruivo

A espécie de bugio encontrada na RPPN Santa Bárbara é Alouatta guariba clamitans . As espécies do gênero Alouatta tem hábitos diurnos, vivem em grupos de três a treze animais com um líder, o Alfa, que comanda o grupo. 

 O adultos machos possuem uma cor avermelhada semelhante ao ruivo, devido a liberação de um pigmento por glândulas apócrinas e podem pesar de 5,3 a 7,2 kg. 


O macho adulto possui uma longa pelagem que forma uma grande barba. Seu ronco é ouvido a grandes distâncias pois possui um osso que faz o papel de uma caixa de ressonância, esse osso tem um volume interno nos machos de 50 cm2, aumentando muito o seu "rugido".



Pela grande quantidade de folhas que consomem diariamente são considerados os mais folívoro entre os primatas.  


Agradecemos a a bióloga Juliana Nascimento Martins, pela indicação do seu trabalhos de pesquisa sobre os Bugios:

Monografia Curso de Ciências Biológicas da UCS: 

http://www.tecniflora.com.br/Martins__J.N._2008.pdf


Fotos: Vera E. Medeiros/ julho de 2018

domingo, 3 de novembro de 2019

Picapau-verde-carijo




Picapau-verde-carijó
Nome Científico: Veniliornis spilogaster
Família: Picidae

As árvores que estão secando na mata atraem muitas espécies de pica-paus e arapaçus. O  picapauzinho-verde-carijó visita constantemente uma dessas árvores. Com seu bico forte consegue perfurar o tronco para encontrar larvas, como podemos ver no vídeo abaixo. A árvore já está muito perfurada, mostrando que é caminho para a labuta alimentar dessas aves.



O picapau possui uma plumagem esverdeada com pintas claras no dorso e asas, cabeça e corpo escurosa com pintas claras. O macho possui a fronte avermelhada, ele  alimenta-se também  de frutas. Macho e fêmea possuem  tiras brancas por cima e por baixo dos olhos. O comprimento é de 15 a 19, 5 cm.
Aqui na RPPN ele é encontrado no interior da mata, nos troncos de árvores secas ou nas palmeiras de jerivá. 




VÁRIAS PERFURAÇÕES NO TRONCO EM DECOMPOSIÇÃO.

sábado, 9 de março de 2019

Educação Ambiental - Ação Social na Escola

Na tarde desse sábado, dia 09 de março, participamos da Ação Social realizada na Escola Municipal Vitório Rech Segundo, na Capela Santa Bárbara, próximo a nossa reserva.
Ainda não inauguramos a RPPN e ao distribuirmos folders provocamos reações de surpresa nas pessoas  que desconheciam a existência de uma reserva na comunidade. Seis telas em acrílico, com desenho de nossa fauna, com ênfase aos pássaros, foram expostas na escola. Os visitantes da exposição foram questionadas sobre o nome comum das aves que conheciam representadas nas pinturas. Anotamos as respostas para depois fazer um levantamento. Conseguimos conversar com uma média de 50 pessoas , a maioria conhecia o tucano, lembrava de algumas aves, mas poucas lembravam seus nomes. Todas reconheceram o bugio.  Através da conversa com os moradores locais registramos as identificações e os nomes conhecidos pela comunidade local, conforme a quantidade de pessoas abaixo:
tucano-de-bico-verde: 7 (conheciam apenas pelo nome de tucano)
jacu : 9
pica-pau-do-campo: 4 ( conhecido por alguns por bico-chanchão)
gralha-azul: 16 (chamada por alguns de arara-azul, conhecida principalmente pelas crianças do CTG, que se apresentaram no evento.)
curucara: 5
sabiá-laranjeira: 3
saracura-do-mato: 4
tesourinha: 2 ( chamado por alguns de tesoureiro)
mariquita: 1 (conhecida como sebinho)
nhambu: 2
trinca-ferro: 1 ( a pessoas que o identificou tinha um na gaiola)
cardeal: 1
saíra-preciosa: ( chamada de saíra por quem a identificou)
quero-quero: 7
tico-tico: 5
tapicuru: 4 (conhecido como maçarico)
Quando as pessoas eram informadas que todos os desenhos tinham sido copiados de fotos tiradas na região ficavam impressionadas com tanta variedade.
Os que conheciam aves como saracura, curucaca e jacu, moravam nas redondezas e viam esses animais nas proximidades de suas casas. Os que conheciam as menores como trinca-ferro, azulão e cardeal as conheciam presas em gaiolas.
Uma das moradoras contou que perto de sua casa, onde há muito mato avista de vez em quando veados e que já encontrou e destruiu armadilhas para caçá-los.



Apesar dessa escola ser localizada no interior, próxima à reserva, a comunidade não tem conhecimento de  fauna fora dos limites do mais conhecido (tucano e bugio). Infelizmente a maioria das pessoas não conhece as aves, mesmo as mais comuns, percebemos muita confusão e ignorância em relação aos seus nomes.  Os poucos que identificaram corretamente devia-se principalmente ao fato de as verem em algum momento em seu entorno, como o quero-quero, a curucaca e o maçarico, mas pouco sabendo sobre elas. No geral as pessoas não conseguem identificar as aves, confundem seus nomes, como o caso da gralha-azul, identificada corretamente somente pelos alunos que se apresentaram no CTG, provavelmente por conhecerem a lenda da gralha-azul,  o restante a chamavam de arara-azul. O cardeal foi identificado como pardal por uma pessoa, bem como a mariquita como corruíra.
A partir do primeiro plano: saracura-do-mato e filhotes, frango-d'água, tucano-de-bico-verde e pica-pau-do campo, tiê-preto com fêmea, saíra-preciosa, joão-de-barro, tangará, aracuã, cardeal, surucuá-variado, mariquita, gralha-azul, sabiá-laranjeira, tesourinhas, tecelão, sabiá-coleira, cardeal, tico-tico-da-taquara, cabecinha-castanha, azulão e trinca-ferro.
 
Gralhas-azuis e suiriris
 
Saracura-do-mato, nhambu, curucaca, maria-faceira, quero-quero e filhotes, maçarico, garça-branca-pequena, tico-tico alimentando filhote de chopim, saíra-preciosa com fêmea, casal de canarinho, tecelão e sabiá-laranjeira, tucano, gralha azul, surucuá variado em pouso e voando e garça. 
 
Um dos objetivos da RPPN Santa Bárbara  é fomentar a valorização do patrimônio natural através da educação ambiental. Temos muito trabalho pela frente, é de grande importância conhecer nossa fauna para poder preservá-la.
Desde que essa localidade foi inserida na zona urbana da cidade, a geografia do lugar mudou quase radicalmente, obrigando muitas famílias a venderem suas terras para escapar do IPTU, ou por especulação imobiliária,  o que vemos hoje são muitos loteamentos, com pouca ou nenhuma infraestrutura e a mata, consequentemente ficando cada vez mais reduzida.
 A educação ambiental é de suma importância para despertar o interesse e preocupação de nossos jovens não só para os problemas ambientais mas também de forma crítica, na valorização e proteção da fauna e flora de nosso entorno.

 

]


Desde fevereiro de 2018 observamos mais de perto e com mais frequência famílias de bugios na parte da reserva que se aproxima das moradias. Isso é muito incrível, pois há anos avistávamos de longe, no alto das araucárias, e agora os vemos nas árvores mais baixas, alimentando-se de folhas de certas árvores sem ficarem arredios aos seres humanos.

Agradecemos a equipe diretiva da Escola Municipal Vitório Rech Segundo, pelo convite de participarmos desta Ação Social.

Vera Medeiros

quarta-feira, 6 de março de 2019

Araticum

Annona sylvatica A. St.-Hil.
Família: Annonaceae

Araticum ou ariticum é uma árvore nativa encontrada na Mata Atlântica. O fruto é redondo com gomos,  casca rugosa e com pouca polpa. Alimento comestível, apreciado pela fauna. Nesta época já está frutificando. Também conhecida como fruta-do-conde.

 








http://www.ufrgs.br/fitoecologia/florars/open_sp.php?img=17227