domingo, 9 de agosto de 2020

Pitiguari

(Cyclarhis gujanensis) 

Diariamente pela manhã os pitiguaris entoam seus cantos melodiosos pela comunidade! Macho e fêmea são semelhantes. De manhã estão sempre a caçar insetos na borda da mata. 

Dia: 25 de junho 2020.









sexta-feira, 5 de junho de 2020

Dia Mundial do Meio Ambiente


Dia Mundial do Meio Ambiente

Dia 5 de junho foi escolhido pela ONU (Organização das Nações Unidas) para ser comemorado do Dia Mundial do Meio Ambiente. Em Estocolmo (Suécia). No dia 5 de junho de 1972, houve uma conferência para alertar sobre questões ambientais e a importância da preservação dos recursos naturais. Nessa conferência foi definido princípios fundamentais para orientar a política ambiental de todo planeta. Essa conferência foi muito importante para essa reflexão. Infelizmente a ONU não conseguiu frear o devastador impacto da ação humana no meio ambiente. De lá para cá os problemas se agravaram cada vez mais, ameaçando a sobrevivência de diversas espécies, comprometendo inclusive a nossa própria sobrevivência. 

Esse texto tem como objetivo refletir sobre o artigo da física e ativista ambiental Vandana Shiva (link abaixo) sobre as lições que a pandemia de coronavírus nos traz sobre o modelo econômico que vivemos.  
Shiva nos lembra que a terra é para todas as espécies e que a avareza humana exploradora insaciável dos recursos planetários é a razão de estarmos vivendo esta pandemia e outras que surgirão.
         Essa avareza humana está dentro do modelo econômico que considera os limites ecológicos e éticos como obstáculos que devem ser superados para aumentar o crescimento dos lucros empresariais, um modelo que está gerando a mudança climática, a extinção de muitas espécies e a propagação de doenças mortais. Nesse modelo não cabem o direito de outras espécies, os direitos dos povos indígenas, das mulheres, dos agricultores e dos trabalhadores.
         A pandemia, bem como as mudanças climáticas, não é natural, mas causadas pelas atividades humanas. Os cientistas alertam que ao destruir ecossistemas florestais, manipular plantas e animais na obtenção de lucro econômico, fomenta-se a emergência de novas doenças. A gripe suína e a aviária surgiram das fazendas industriais que maximizam lucros confinando animais para consumo. Doenças como HIV, ebola, a síndrome respiratória aguda grave (SARS) e a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) surgem quando ecossistemas florestais são invadidos e os vírus passam de animais para pessoas.
         Estamos vivendo uma grande crise de extinção. Venenos como inseticidas e herbicidas para matar insetos e plantas e a queima de combustíveis fossilizados há 600 milhões de anos são usados sem nenhuma ética. Shiva lembra que uma infinidade de  espécies entram em extinção diariamente e que estamos na fila. Em 100 anos, se esse modelo econômico continuar, não haverá condições propícias para a existência da espécie humana.  
         Essa pandemia é uma trégua para repensarmos esse modelo econômico. Temos que aprender que somos membros da família planetária e que a verdadeira economia é a economia dos cuidados: o cuidado do planeta e o cuidado mútuo.
“Um pequeno vírus pode nos ajudar a dar um grande passo à frente para fundar uma nova civilização planetária ecologista, baseada na harmonia com a natureza. Ou, então, podemos continuar vivendo a fantasia do domínio sobre o planeta e continuar avançando até a próxima pandemia. E, por último, até a extinção.
A terra seguirá, conosco ou sem nós.”
 Vandana Shiva,  física, ecofeminista, ativista ambiental, defensora da soberania alimentar e fundadora do Movimento Navdanya,( artigo publicado por El Salto, 11-04-2020):
O artigo completo:

Vandana Shiva sobre o coronavírus: Dos bosques às nossas granjas, ao nosso microbioma intestinal:


domingo, 17 de maio de 2020

Arapaçu-grande

Arapaçu-grande ( Dendrocolaptes platyrostris)

Esse arapaçu pousou no telhado da casa-pipa, retornando a um poleiro numa árvore alta, fez esse trajeto algumas vezes, com certeza caçando insetos, mas afastou-se com a aproximação de uma sabiá-poca e um sabiá-laranjeira. 







Fotos do dia 17/05/2020, domingo ensolarado às 15:00

"Essa ave é encontrada dentro da mata, possui um canto que a caracteriza, diferente de outros arapaçus, seu comprimento é em torno de 25 cm. Chama a atenção quando pousa em um tronco, de forma que parece que agarra-o, sendo também conhecido por essas bandas de agarradeiro.

Possui dorso, asas e cauda em tons ferrugem, cabeça e ventre são rajados, com a garganta clara e um círculo amarelado ao redor do olho. Seu bico é preto e possui os pés pequenos em relação ao seu corpo grande.
O arapaçu-grande vasculha o tronco das árvores, subindo até o alto e depois desce até a base de outro tronco a procura de insetos."
https://rppnsantabarbara.blogspot.com/2017/07/arapacu-grande.html

sábado, 9 de maio de 2020

Ação conjunta para tirar lixo do Arroio Santa Bárbara



 Dia primeiro de Abril de 2020, Quarta-feira, em isolamento há mais de uma semana devido à pandemia de coronavírus, mas felizmente numa época em que as tecnologias de comunicação estão bem avançadas e podemos nos manter conectados virtualmente. Fomos informados que num dos pontos do Arroio Santa Bárbara, próximo ao campo de futebol, um caminhão jogou muito lixo no arroio. Solicitamos à Codeca a retirada do lixo, estávamos aflitos pois na sexta-feira a previsão era de chuva. O nível do arroio estava bem baixo e com a chuva havia o perigo das águas levarem o lixo!
        Como o entulho continuava lá, apesar de nossos esforços em acionar órgãos públicas, resolvemos agir. Pelo wats surgiu a ideia de nos juntarmos para fazer o serviço, todos animados, combinamos o uso de máscara, luvas e botas. A maioria não tinha visto ainda a barbárie e achava que daríamos conta.  Os que tinham ido ver não deram fé, mas estavam solidários em resolver o assunto.
            Ao chegarmos ao local o susto foi grande. Estávamos na rua asfaltada olhando para baixo onde havia uma obra da prefeitura com aqueles canos enormes que atravessam a rua por baixo, onde o arroio passa. De cima do barranco podíamos ver uma grande quantidade de descarte cobrindo totalmente o pouco de água do arroio. Alguém falou em desistir e voltar para casa, acho que fui eu. Dois voluntários chegaram depois, Gabriel e Michele e, isentos de dúvidas, desceram o barranco e iniciaram o serviço.  Não tivemos escolha, fomos ajudar também! Um pau comprido com um prego na ponta facilitou "pescar" as roupas de dentro do arroio.
            Roupas? Sim, a impressão que tivemos era que um brechó de roupas usadas teve toda a sua mercadoria jogada no pobre arroio quase sem água. Bem assim. As fotos não enganam. Tênis, sapatos, pantufas de time de futebol, ternos, blusas, calças, jeans, jaquetas, chambres e roupas de crianças. Além de tudo isso, ainda conseguimos retirar um colchão, um sofá, um capacho, livros, entre eles uma bíblia grande, pastas com material de uma universidade. O dono da serraria ficou de avisar seus funcionários a respeito das  roupas, talvez alguém se interessasse, pois havia roupas boas.
            Tiramos tudo, a equipe de frente, lá embaixo do barranco, retirava o material, colocando-o em sacos de lixo, depois outra equipe os puxava para cima do barranco e depois colocados na beira da rua, para posterior recolhimento.  O ponto do seletivo é logo ali, tão pertinho do crime.
            Reflexões: O indivíduo que joga lixo no rio é ignorante. Hipótese refutada, pelo que vimos, frequentou o nível superior. O indivíduo que joga lixo no rio não tem uma fé, não tem religião. Hipótese refutada, encontramos uma bíblia e um capacho de boas vindas com motivos cristãos.
Mistérios.  Foram mais de duas horas para trazer lá de baixo toda essa irresponsabilidade que vemos nas fotos. Ignorância de um vivente, irmão nosso aqui na Terra.








Agradecemos ao Gabriel, Michele, Débora, Vinícios, Valesca, Fabrício, Marina, Alexandre e Véra.

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Expedição ao Arroio Santa Bárbara


Arroio Santa Bárbara

A cidade de Caxias do Sul não tem um grande rio, mas é muito rica em vertentes de água formando muitos arroios. Esses arroios alimentam as barragens que fornecem água para a população. Os principais arroios são Maestra, Faxinal, Pinhal, Belo, Ouro, Tega, Dal Bó, Santa Fé, Santa Bárbara etc. Geralmente são poluídos pelas indústrias, lavouras e moradores próximos que jogam seus dejetos, lixo e esgoto em suas águas, ignorando a importância que esses cursos de água têm para nossas vidas. Nesse texto vou falar sobre o Arroio Santa Bárbara, que atravessa a localidade com o mesmo nome no interior de Ana Rech e que atravessa nossa reserva. Ele desagua no Arroio Faxinal. 
Como está acontecendo com muitos rios de várias regiões do sul do Brasil, o Arroio Santa Bárbara está com o nível de água muito baixo devido à falta de chuvas. 
No domingo dia 3 de maio de 2020, um grupo de pessoas ligadas a nossa reserva,  fizeram uma parte do seu percurso até a desembocadura no Arroio Faxinal. Nosso objetivo, além de explorá-lo foi  juntar o lixo ao longo do rio, aproveitando o baixo nível de suas  águas. Passamos por lugares de difícil acesso, com xaxins enormes e árvores altas. Não vimos araucárias, mas, devido a quantidade de nós de pinho encontrada nas margens do arroio, sabemos que no passado havia  uma floresta de araucárias, explorada pelas serrarias. Nessa mata secundária há muitos ligustros, árvores provenientes da China introduzidas no Brasil na década de 40. O  ligustro está dentro das espécies exóticas invasoras (EEI), pois se dispersa rapidamente causando impacto nos ecossistemas.


Algumas imagens do curso do arroio:















Esses fungos vermelhos, líquens, são indicadores de ar puro, não causam mal a árvore.


Desembocadura do Arroio Santa Bárbara no Arroio Faxinal

Sacos cheios de lixo recolhidos ao longo do riacho


Pedra com inscrições naturais ou pré-históricas?


sábado, 2 de maio de 2020

Surucuá-variado

Surucuá-variado
Trogon surrucura
Família Trogonidae

A seca está grande, trazendo as aves para a beira da mata, mais fácil de serem observadas 
Esse surucuá jovem apareceu na mata próxima as casas da comunidade. Quando adultos os machos são muito coloridos, com o dorso azul esverdeado.
Fotos do dia 02 de maio de 2020 ao meio dia.